Sem Legenda https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br notícias sobre cinema Thu, 02 May 2019 13:16:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 ‘Responsabilidade do curador de cinema é maior hoje’, diz Kleber Mendonça Filho https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2017/01/05/responsabilidade-do-curador-de-cinema-e-maior-hoje-diz-kleber-mendonca-filho/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2017/01/05/responsabilidade-do-curador-de-cinema-e-maior-hoje-diz-kleber-mendonca-filho/#respond Thu, 05 Jan 2017 04:14:50 +0000 https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/files/2017/01/MEXICO_FENIX_AWARDS_61296136-e1483547199372-180x112.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1236 Diretor de “Aquarius”, Kleber Mendonça Filho é o novo coordenador de cinema do Instituto Moreira Salles, substituindo o crítico José Carlos Avellar, que morreu em 2016.

Kleber, que por 18 anos coordenou o cinema da Fundaj (Fundação Joaquim Nabuco), no Recife, será responsável pela programação das salas do IMS de SP e do Rio, e pelo lançamento dos DVDs.

Em julho, o IMS abre sua nova sede, na avenida Paulista.

O cinema passa por um momento delicado, concorrendo com os serviços de vídeo sob demanda. Qual a importância de um espaço como o do IMS?
O papel de uma sala deve ser ainda mais fortalecido como um espaço de encontro e de discussão. A possibilidade dessa experiência coletiva ainda existe. A responsabilidade do curador fica muito maior.

Em São Paulo, a nova sala vai estar bem próxima de outras já conhecidas de quem frequenta cinemas de rua.
O desafio é gigante. As melhores salas estão a um raio de menos de um quilômetro. Para ela se destacar, vou ter que trabalhar duas vezes mais.

Chegou a opinar no projeto da sala do IMS em São Paulo?
Dei algumas sugestões. A sala como um espaço é meu interesse recorrente. Fiz meu projeto final de faculdade sobre cinemas de rua extintos, e visito salas quando viajo.

Como surgiu o convite?
Creio que tenha vindo da observação dos meus 18 anos de trabalho na fundação. É no Recife, mas com imprensa e redes sociais, ele ganha uma divulgação muito grande. Para mim, não é só uma honra estar num cargo ocupado por Avellar; cria um senso de responsabilidade muito grande. Avellar é uma pessoa de cinema. Pude compartilhar dessa cinefilia dele, em especial em filas de Cannes.

Quando você deixou a Fundaj, em outubro, disse que era por problemas em conciliar com a agenda de diretor. E agora?
“Aquarius” envolveu muitas viagens, mas tenho como compartimentar as funções agora. No caso do IMS, o cargo não envolve presença diária ou necessidade de pedido de férias e licença para fazer filmes. Dá para me organizar de uma forma mais confortável.

Você também está codirigindo um novo filme, “Bacurau”. Em que pé que está a produção?
Na última versão do roteiro. Espero filmar em 2017. Estou feliz, mas nunca falo sobre o filme antes. Prefiro ver como vai se desenvolver, não quero criar obrigações em cima dele.

(Créditos da foto acima: Marco Ugarte/SP)

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‘Great again’ A eleição de Donald Trump inspirou “O Candidato Honesto 2: O Impeachment”. No longa, João Ernesto (Leandro Hassum) será eleito falando impropérios.

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Grande outra vez “Minha Mãe É Uma Peça 2”, que estreou em 22/12, fez público de 2,8 milhões de pessoas, segundo o portal Filme B. Desbancou “Rogue One” (2,7 milhões).

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No almoço “A Criada”, de Park Chan-wook, vai inaugurar, no sábado (7), às 13h, a sessão Aperitivo do Belas Artes. O cinema passará a exibir, sempre aos sábados, nesse horário, uma pré-estreia diferente.

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‘Aquarius’ é eleito o 4º melhor filme do ano pela principal revista de cinema https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/11/29/cahiers-du-cinema-elege-aquarius-o-quarto-melhor-filme-do-ano/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/11/29/cahiers-du-cinema-elege-aquarius-o-quarto-melhor-filme-do-ano/#respond Tue, 29 Nov 2016 16:21:00 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1134 A tradicional revista francesa ‘Cahiers du Cinéma’ elegeu o filme brasileiro “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, como o quarto melhor longa-metragem de 2016.

À frente da obra nacional estão a comédia alemã “Toni Erdmann”, o thriller francês “Elle”, e o terror dinamarquês “Demônio de Neon” –este, uma escolha para lá de controversa. Do total, cinco dos dez filmes são franceses.

Outro fato que chama a atenção é que os sete primeiros colocados na lista são filmes que foram exibidos na edição deste ano do Festival de Cannes: abaixo dos quatro já citados, há “Ma Loute”, de Bruno Dumont, “Julieta”, de Pedro Almodóvar, e “Na Vertical”, de Alain Guiraudie.

Sonia Braga em cena do filme "Aquarius", de Kleber Mendonca Filho, que participa da competicao do Festival de Cannes 2016  FOTO Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sonia Braga em cena do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonca Filho, que participou da competição do Festival de Cannes (Foto: Divulgação)

Tida como a ‘bíblia do cinema’, a publicação sexagenária é considerada a principal revista sobre o gênero no mundo. E publica todos os anos a sua lista com os melhores filmes do período. Em 2015, o eleito foi “Minha Mãe”, do italiano Nanni Moretti.

“Aquarius”, que ganhou os noticiários também pelo protesto anti-impeachment encampado pela equipe do filme, aborda a história de Clara (Sonia Braga), uma viúva em pé de guerra com a construtora que tem planos de demolir o prédio em que ela vive. Com público de, até o momento, 350 mil pessoas, é o 12º longa nacional mais visto do ano.

Veja lista completa da “Cahiers du Cinéma”:

1. “Toni Erdmann”, de Maren Ade
2. “Elle”, de Paul Verhoeven
3. “O Demônio de Neon”, de Nicolas Winding Refn
4. “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho
5. “Ma Loute”, de Bruno Dumont
6. “Julieta”, de Pedro Almodóvar
7. “Na Vertical”, de Alain Guiraudie
8. “La Loi de La Jungle”, de Antonin Peretjatko
9. “Carol”, de Todd Haynes
10. “Le bois dont les rêves sont faits”, de Claire Simon

 

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Diretores consagrados enveredam pelo terror https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/11/17/diretores-consagrados-enveredam-pelo-terror/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/11/17/diretores-consagrados-enveredam-pelo-terror/#respond Thu, 17 Nov 2016 04:33:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1108 Após Walter Lima Jr. se arriscar no terror com “Através da Sombra” (em cartaz), outros diretores consagrados querem enveredar pelo meio.

O primeiro é Andrucha Waddington, que lança nesta quinta (17) “Sob Pressão”. O novo projeto, que ele já está filmando, é um filme de terror chamado “Juízo”, com Lima Duarte, Fernanda Montenegro e Criolo no elenco. O roteiro é de Fernanda Torres.

Kleber Mendonça Filho também vai experimentar o gênero com “Bacurau”, longa cujo roteiro ele está escrevendo com Juliano Dornelles, codiretor de arte em “Aquarius”, e que vai ser rodado no interior de Pernambuco. Ele não detalha o projeto. Bacurau é um pássaro noturno.

Na outra ponta, o gaúcho Dennison Ramalho, habitué em longas independentes de horror, conta agora com o apoio da Globo Filmes em “Morto Não Fala”. Na trama, rodada no Rio Grande do Sul. Daniel de Oliveira interpreta um funcionário do IML que ouve o que cadáveres dizem.

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No set 1 Depois das comédias românticas, Julia Rezende migra agora para um longa mais amargo: “Como É Cruel Viver Assim”, que ela está dirigindo, trata de quatro sujeitos que, na pior, resolvem sequestrar o patrão de um deles.

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No set 2 O livro “Antonio”, de Beatriz Bracher, vai ser levado às telas pelo diretor Gustavo Rosa de Moura (“Canção da Volta”) e Matias Mariani, e ganhará o nome de “Cora”.

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Quase no set Vai se chamar “Mato Seco em Chamas” o novo longa de Adirley Queirós (“Branco Sai, Preto Fica”). O projeto, que receberá R$ 2,25 milhões da Ancine, tratará de traficantes em Ceilândia (DF).

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‘O Filho Eterno’ A atriz Débora Falabella viverá a mãe de Pedro Vinicius no filme de Paulo Machline baseado na obra homônima de Cristovão Tezza; longa estreia em 1º/12

 

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Depois de ‘Aquarius’, Kleber Mendonça Filho quer rodar ‘Bacurau’ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/09/01/depois-de-aquarius-kleber-mendonca-filho-quer-rodar-bacurau/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/09/01/depois-de-aquarius-kleber-mendonca-filho-quer-rodar-bacurau/#respond Thu, 01 Sep 2016 04:59:44 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=900 O cineasta Kleber Mendonça Filho já está fazendo pesquisas de locação para seu novo filme, “Bacurau”. O longa será codirigido por Juliano Dornelles, que já fez parte da direção de arte em “Aquarius”.

“Será um filme de aventura que se passa daqui alguns anos no interior de Pernambuco”, afirma Kleber, que não quer dar detalhes do projeto.

Abaixo, o diretor posta imagem da pesquisa de locações em seu perfil em rede social:

 

O diretor pretende ainda retrabalhar o roteiro. “Surgiram novas ideias neste ano”, diz.

“Aquarius” estreia nesta quinta (1º) em 85 salas, similar às 91 em que “Que Horas Ela Volta?” estreou em 2015.

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De olho nas mulheres Apenas 22% dos filmes nacionais lançados nos últimos 20 anos têm alguma mulher na equipe de fotografia. A conclusão é do Coletivo das Diretoras de Fotografia do Brasil, grupo criado para impulsionar uma maior presença feminina numa área tida como das mais machista da cadeia cinematográfica.

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De olho nas crianças O Unicef vai usar trechos do documentário brasileiro “O Começo da Vida” em uma campanha mundial sobre desenvolvimento na primeira infância.

De olho nas crianças 2 O longa da Maria Farinha Filmes acaba de ser inscrito para tentar a vaga brasileira no Oscar.

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De olho no Texas São dois os projetos de painéis que a produtora Academia de Filmes inscreveu para a próxima edição do festival texano South by Southwest, que vai ocorrer em março do ano que vem. O primeiro, “Criadores e Criaturas”, pretende discutir o processo criativo por trás de “Anjos da Lapa”, filme de Johnny Araújo que trata da formação da banda Planet Hemp.

De olho no Texas 2 Já o segundo, “Do Analfabetismo á Realidade Virtual”, aborda o trabalho do artista visual Tadeu Jungle, que recentemente retratou a tragédia ecológica de Mariana em “Rio de Lama”. O público tem até sexta (2) para votar a favor da participação dessas duas atrações no festival. Para votar, clicar aqui e aqui.

Leia mais notas aqui.

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Tréplica: Crítico poderia xingar menos no Twitter e preservar o protocolo da sua nova função https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/08/11/treplica-critico-poderia-xingar-menos-no-twitter-e-preservar-o-protocolo-da-sua-nova-funcao/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/08/11/treplica-critico-poderia-xingar-menos-no-twitter-e-preservar-o-protocolo-da-sua-nova-funcao/#respond Thu, 11 Aug 2016 14:08:41 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=839 Sonia Braga em cena do filme "Aquarius", de Kleber Mendonca Filho, que participa da competicao do Festival de Cannes 2016  FOTO Divulgacao ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Sonia Braga em cena do filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho (Créditos: Divulgação)

Logo que foi publicada a coluna “Sem Legenda”, da Folha, no último dia 4, Marcos Petrucelli comemorou no Facebook: “A Folha acaba de me elevar ao posto de crítico de cinema mais temido do Brasil!”.

A coluna em questão destacava a polêmica em torno da nomeação de Petrucelli para a comissão que vai definir que filme nacional disputará a vaga brasileira no Oscar. Isso porque o crítico é conhecido por zombar do cineasta Kleber Mendonça Filho, diretor de “Aquarius”, o mais forte concorrente à vaga.

Nesta quinta (11), contudo, o tom de Petrucelli foi bem diferente daquele manifestado na rede social: em réplica publicada na Folha põe-se no papel de vítima (autoproclama-se o “malvado favorito”) e contesta que “Aquarius” seja “candidato natural” à vaga no Oscar.

A coluna “Sem Legenda” é informativa, e não opinativa: não criou a celeuma. Mas noticiou uma controvérsia que tomou forma nas redes sociais e entre os membros da Associação Brasileira de Críticos de Cinema, principal agremiação do setor no país e da qual Petrucelli não faz mais parte.

O que a coluna aponta é que existe polêmica quanto à neutralidade de um membro da comissão, alguém que por pelo menos oito vezes usou redes sociais para depreciar Mendonça Filho.

O desejável é que a escolha da comissão não seja pautada pelos humores partidários. Como ele irá separar a obra de seu realizador?

A coluna deu amplo espaço para Petrucelli se defender, como ele de fato fez na versão online.

“Aquarius” é, sim, candidato natural à vaga. Foi o único filme brasileiro lançado no período a disputar competição principal de um dos três grandes festivais estrangeiros –no caso, competiu em Cannes, o mais importante do cinema.

O filme de Mendonça Filho tem também distribuição confirmada nos EUA, um dos requisitos para concorrer ao Oscar, tem uma atriz principal de fama global (Sonia Braga) e o respaldo da imprensa internacional: a revista “Cahiers du Cinema” o colocou como um dos 12 longas mais esperados de 2016.

Petrucelli já foi jurado do festival Cine PE, do Recife, criado pelo mesmo Alfredo Bertini que hoje ocupa a Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura, e que indicou seu nome à comissão.

Já que o crítico se despiu do protocolo da função pública que agora ocupa, ele poderia ter respondido que outros filmes nacionais reúnem credenciais tão fortes quanto “Aquarius”.

Em vez disso, Petrucelli usou o espaço do jornal como arena para mais uma vez despejar ingênuos argumentos do Fla-Flu partidário: fala em “realismo lulista”, “mídia golpista” e que “o Oscar representa o imperialismo americano, que a esquerda abomina”.

Para alguém que gasta linhas e linhas ostentando sua experiência, faltaram argumentos cinematográficos. Restou uma ladainha digna de rede social.

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