Sem Legenda https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br notícias sobre cinema Thu, 02 May 2019 13:16:55 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Filme-sensação, ‘O Ornitólogo’ vai abrir Festival Mix Brasil, de cultura LGBT https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/13/filme-sensacao-o-ornitologo-vai-abrir-festival-mix-brasil-de-cultura-lgbt/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/13/filme-sensacao-o-ornitologo-vai-abrir-festival-mix-brasil-de-cultura-lgbt/#respond Thu, 13 Oct 2016 05:34:36 +0000 https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/orni-180x75.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1040 “O Ornitólogo”, que valeu o prêmio de melhor direção ao português João Pedro Rodrigues em Locarno, vai abrir o 24º Mix Brasil, festival de cultura LGBT que começa em São Paulo no próximo dia 9.

O filme vem causando frisson em festivais com sua história sobre a via-crúcis radical e erótica de um homem que se perde numa floresta no norte de Portugal e se depara com católicas chinesas adeptas de fetiches e um pastor gay chamado Jesus.

O Mix aproveitará a vinda do diretor ao país para exibir outros filmes de sua carreira, como “O Fantasma” (2000) e o curta “Parabéns!” (1997).

“Ele é um expoente do cinema português por causa dessa visão muito particular dele sobre misticismo , religião e sexualidade”, afirma João Federici, diretor do Mix.

O festival recebeu neste ano 416 inscrições para filmes e deve programar cerca de 150.

Na programação internacional serão exibidos o novo longa de Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”), “O Monstro no Armário”, de Stephen Dunn, entre outros.

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O que há num nome Deve ser lançado no ano que vem o novo documentário de Jorge Furtado, “Quem É Primavera das Neves?”, sobre a pouco conhecida tradutora portuguesa que chegou a viver no Brasil.

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O que há num nome 2 Em 2010, o diretor havia escrito em seu blog que era “fascinado” pelo nome da tradutora de livros de Julio Verne e Lewis Carroll. Três anos depois, descobriu que se tratava de uma exilada, casada com um opositor da ditadura salazarista.

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Som e fúria Depois de “Comeback”, exibido no Festival do Rio, Erico Rassi vai volta a flertar com o western em seu novo longa, ainda sem nome.

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Créditos: Divulgação Legenda: Cena do filme "Maresia", de Marcos Guttmann. PARA USO EXCLUSIVO DA COLUNA 'SEM LEGENDA', DA FOLHA
//DOIS EM UM O ator Júlio Andrade fará dois papéis em ‘Maresia’, de Marcos Guttmann, que estará na 40ª Mostra de São Paulo: o pintor Vega (foto) e o crítico de arte Gaspar (Créditos: Divulgação)
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Santoro está em filme sobre poeta beberrão, exibido no Festival do Rio https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/08/santoro-esta-em-filme-sobre-poeta-beberrao-exibido-no-festival-do-rio/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/08/santoro-esta-em-filme-sobre-poeta-beberrao-exibido-no-festival-do-rio/#respond Sat, 08 Oct 2016 16:07:42 +0000 https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/dominion_f02cor_2016111806_0-1-180x75.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1031 O americano Steven Bernstein soma mais de 50 trabalhos em 30 anos de carreira no cinema, principalmente como diretor de fotografia, mas não conseguia conter o nervosismo antes da sessão para o público de “Dominion”, que fez sua estreia mundial na noite de sexta (7), no Festival do Rio.

Bernstein se remexia no sofá, implorava por opiniões sinceras de quem havia visto o longa na sessão de imprensa, horas antes, e abraçava quem elogiava esse seu segundo trabalho como diretor. “É que agora é como se toda a minha carreira fosse avaliada”, justificou à Folha.

“Foram anos fazendo, passei por oito momentos em que achei que o filme nunca fosse ficar pronto. E, então, finalmente, Rodrigo me disse: ‘traz logo esse negócio para o Rio’.”

Rodrigo é o ator fluminense Rodrigo Santoro, que está no elenco de “Dominion”, filme             eu resgata as últimas horas de vida do poeta galês Dylan Thomas (1914-1953), morto por alcoolismo. “Sabe, não é como se eu estivesse lançando ‘Os Vingadores’”, comenta Bernstein. “É um filme sobre poesia, e em boa parte em preto e branco. Imagine a minha apreensão.”

Santoro faz Carlos, o bartender latino que abastece o protagonista com mais de 15 doses de uísque, enquanto o poeta, vivido pelo britânico Rhys Ifans, divaga sobre o miserê de sua vida.

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Rhys Ifans vive Dylan Thomas em ‘Dominion’ (Créditos: Divulgação)

No Brasil, Dylan Thomas talvez seja mais conhecido por seu poema mais famoso, feito no leito de morte do pai (“Do not go gentle into that good night”) e por ter sido aquele de quem Bob Dylan tomou emprestado o nome artístico. Mas nos países de língua inglesa, ele tem importância central.

“Dominion” o retrata como uma espécie de poeta pop star, ao menos, foi assim que ele foi recebido em sua última turnê, recitando suas estrofes para plateias universitárias extasiadas. Mas o mesmo literato que declamava de maneira inflamada versos extremamente plásticos sobre ondas violentas e tempestades nos campos era um melancólico pai de família que se agarrava ao álcool com o mesmo fervor com que seduzia suas plateias.

Bernstein lança uma sacada interessante para abordar a relação autodestrutiva –e existencial—entre Thomas e o álcool. Ele vai nomeando cada uma das doses duplas de uísque que lhe vão sendo servidas em seu dia derradeiro: esperança, obstinação, bravata –como se elas recontassem os passos de sua vida.

“Ele lembra, sonha. O mundo para ele é caótico, então precisa ordenar as coisas, as nomeia”, diz o diretor, que deixa bem clara a sua longa trajetória na direção de fotografia nos planos rigorosamente enquadrados do filme. John Malkovich, que ajudou a produzir o filme, também está no elenco, no papel de um médico cético.

O bartender Carlos, que no início do filme parecia só um confidente da bebedeira, aos poucos se revela muito mais astuto, um oponente.

“Ele representa a nova literatura que vinha surgindo naquele momento”, explica Santoro. “Representa a literatura dos beatniks, que falavam de questões mais sociais do que a geração do Dylan Thomas.”

O brasileiro disse que foi pego de surpresa com o convite para fazer o filme. “Fui chamado duas semanas antes de começaram as filmagens”, diz o ator, que se enfurnou na obra de poetas como Yeats, Keats e Eliot.

No ar na série “Westworld”, Santoro disse que tem gostado do cronograma de filmar seriados. “Não toma tanto tempo como novela nem atrapalha a agenda como filme. Dá para se programar mais para os projetos.”

“Dominion” tem sessões no sábado (8), às 19h20, no Reserva Cultural Niterói; na quinta (13), às 19h20, no Kinoplex São Luiz, e na segunda (17), {as 17h15, no Roxy.

O jornalista viajou a convite do Festival do Rio
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Ficção científica ‘sentimental’ abre Festival do Rio em noite despolitizada https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/07/ficcao-cientifica-sentimental-abre-festival-do-rio-apolitico/ https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/2016/10/07/ficcao-cientifica-sentimental-abre-festival-do-rio-apolitico/#respond Fri, 07 Oct 2016 13:26:07 +0000 https://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/files/2016/10/amy-e1475944200453-180x73.jpg http://semlegenda.blogfolha.uol.com.br/?p=1021 O começo parece anunciar um “Independence Day”: gigantescas naves estacionam em diversos pontos do globo. Parecem ameaçadoras. Conforme a narrativa avança, contudo, vão se encontrando ecos de “Interestelar”: a discussão sobre o tempo cíclico, a importância dos laços familiares.

“A Chegada”, blockbuster de Denis Villeneuve que abriu a 18ª edição do Festival do Rio, na noite desta quinta (6), se filia à onda de filmes sci-fi que têm usado as elucubrações científicas, típicas do gênero, a serviço de uma verve mais ‘sentimentaloide’.

As imagens plácidas, com um quê de Terrence Malick, só reforçam essa etiqueta ao filme de Villeneuve. Na trama, uma linguista vivida por Amy Adams é convocada a decifrar a comunicação dos recém-chegados alienígenas para entender os motivos de sua vinda. A mensagem do filme é clara: adquirir uma nova linguagem consegue mudar a concepção das pessoas, o que, como se verá, vai mudar a forma da personagem lidar com suas questões pessoais.

O filme teve sua estreia no último Festival de Veneza, em setembro, de onde saiu como uma promessa de uma nova indicação ao Oscar para Adams: uma das maiores azaronas de Hollywood, ela já concorreu cinco vezes e nunca levou a estatueta.

À Folha, Ilda Santiago, diretor do festival carioca, justificou a escolha de “A Visita” para abrir o evento: “É um filme grande, hollywoodiano, mas vindo de um diretor que tem lastro no cinema de arte”.

O canadense Villeneuve é diretor de “Incêndios” e “Sicário”. Ausente no festival, ele enviou um vídeo para apresentar o seu filme, declarando-se fã de “Contatos Imediatos do Terceiro Grau” (1977), de Spielberg.

Sem ‘Fora, Temer’

Na cerimônia de abertura, Ilda afirmou que é um filme “perfeito para a grandiosidade” do local em que foi exibido: a Cidade das Artes, monstro de concreto armado inaugurado há três anos na Barra da Tijuca.

Tradicionalmente, a mostra abre no Cine Odeon, no centro da cidade. A escolha da Barra, segundo Ilda, é um aceno a esse novo Rio, remodelado pelos Jogos, que tiveram na zona oeste da capital fluminense o seu principal palco.

Aberta ao público pela primeira vez, a cerimônia também foi marcada pelo tom apolítico, ao contrário do que tem se sucedido em festivais cinematográficos país afora desde que Michel Temer assumiu a Presidência.

As organizadoras do festival não abordaram a situação política, salvo um breve agradecimento feito por Valquíria Barbosa ao prefeito Eduardo Paes (PMDB). A própria escolha de um filme estrangeiro para abrir também acabou minando a possibilidade de que um cineasta brasileiro fizesse um discurso mais politizado.

O festival prossegue por mais dez dias, exibindo cerca de 260 títulos nacionais e estrangeiros.

O jornalista viajou a convite do Festival do Rio
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