Brasil emplaca drama LGBT com Nanini e documentário no Festival de Berlim

O cinema brasileiro, mais precisamente o da pujante produção do Nordeste, emplacou dois longas no próximo Festival de Berlim: “Greta” e “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”. Ambos farão parte da mostra Panorama, seção paralela à competição principal do evento.

“Greta” marca a estreia do cearense Armando Praça na direção. O drama conta a história de um enfermeiro homossexual, amigo de uma travesti em estado terminal, que se afeiçoa a um jovem com problemas policiais. Marco Nanini e Denise Weinberg fazem parte do elenco.

Já o veterano Marcelo Gomes, figura frequente em Berlim, exibe “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”, documentário sobre a cidade de Toritama, em Pernambuco, que se autoproclama como a capital brasileira do jeans. Ali, mostra o filme, os trabalhadores da indústria têxtil só têm descanso na época do Carnaval.

Os dois filmes são produzidos pela pernambucana Carnaval Filmes.

A mostra alemã, uma das mais importantes do calendário, acontece de 7 a 17 de fevereiro. Na competição principal, disputam, os novos longas do francês François Ozon (“Grâce à Dieu), do canadense Denis Côté (“Répertoire des Volles Disparues”) e do alemão Fatih Akin (“Der Goldene Handschu”).

Curioso notar que a Berlinale, sempre muito aberta à produção brasileira, acolhe mais uma vez um documentário e um drama que aborda sexualidade–gêneros com o qual o país tem se destacado nesse festival. No ano passado, o cearense Karim Aïnouz exibiu o documental “Aeroporto Central”, e os gaúchos Filipe Matzembacher e Marcio Reolon mostraram “Tinta Bruta”, que ganhou o prêmio Teddy, voltado a obras com temática LGBT