François Ozon irá exibir no Festival de Berlim filme sobre pedofilia na Igreja

O Festival de Berlim, uma das mais importantes mostras de cinema do calendário, anunciou os primeiros seis filmes que estarão na competição de 2019. E já escancarou sua tradicional politização com a escalação de “Grâce à Dieu”, novo longa do francês François Ozon.

O cineasta, um dos grandes nomes da geração de realizadores europeus que despontaram na virada do século, agora mexe no vespeiro das acusações de pedofilia entre padres católicos. Esse é o mote que une os três personagens principais da trama –amigos de infância, os três foram vítimas de um sacerdote muitos anos atrás. Quando um deles descobre que o abusador continua cercado de crianças, resolve tomar uma atitude.

Além do longa de Ozon, a Berlinale escalou as novas produções do alemão de origem turca Fatih Akin e do canadense Denis Côté.

O primeiro lança “Der Goldene Handschu”, história sobre um serial killer que assola a Hamburgo dos anos 1970. Já o outro competirá com “Répertoire des Volles Disparues”, sobre forasteiros que dão as caras numa cidade minúscula após um intenso nevoeiro.

Fora da competição, a mostra alemã exibe ainda “Watergate”, documentário de mais de quatro horas de duração sobre o escândalo político do governo Nixon. A direção é de Charles Ferguson, de “Trablaho Interno”.

O festival acontece de 7 a 17 de fevereiro. Ainda não foram anunciados eventuais títulos brasileiros.

Veja a lista dos filmes anunciados

Na competição
“Der Boden unter den Füßen” (“The Ground Beneath My Feet”), de  Marie Kreutzer (Áustria)
“Der Goldene Handschuh” (“The Golden Glove”), de Fatih Akin (Alemanha, França)
“Grâce à Dieu” (“By the Grace of God”), de François Ozon (França)
“Ich War Zuhause, Aber” (“I Was at Home, But”), de Angela Schanelec (Alemanha, Sérvia)
“Kız Kardeşler” (“A Tale of Three Sisters”), de Emin Alper (Turquia, Alemanha, Holanda, Grécia)
“Répertoire des Villes Disparues” (“Ghost Town Anthology”), de Denis Côté (Canadá)

Fora da competição
“Gully Boy”, de Zoya Akhtar (Índia)
“Brecht”, de Heinrich Breloer (Alemanha, Áustria)
“Watergate”, de Charles Ferguson (Estados Unidos)