Filmes brasileiros dominam prêmio LGBT do Festival de Berlim
O Brasil foi o grande vencedor do Prêmio Teddy, honraria dedicada a produções com temática LGBT do Festival de Berlim, tendo faturado os dois principais troféus na noite desta sexta (23).
O longa”Tinta Bruta”, da dupla gaúcha Marcio Reolon e Filipe Matzenbacher, levou o prêmio de melhor filme de ficção, e “Bixa Travesty”, de Kiko Goifman e Clauda Priscilla, venceu como melhor documentário.
“Tinta Bruta” conta a história de GarotoNeon, codinome de um jovem que se pinta com tintas fluorescentes no escuro do seu quarto e se apresenta anonimamente para a internet.
Esse é o segundo dupla de Reolon e Matzenbacher, que em 2015 apresentaram em Berlim o longa de estreia deles, “Beira-Mar”.
Já “Bixa Travesty” acompanha as performances e as divagações da rapper travesti Linn da Quebrada, 27, de São Paulo. A obra mostra a cantora em seu manifesto pela politização do corpo, entre apresentações musicais e conversas com pessoas próximas.
“Muito prazer, sou a nova Eva, filha das travas, obra das trevas”, diz a cantora no longa, que participou da seção Panorama, paralela à competição principal da Berlinale.
Quatro anos atrás, outro título brasileiro no festival alemão levou esse mesmo prêmio, o longa de ficção “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho”, de Daniel Ribeiro.
Os prêmios principais do festival, como o Urso de Ouro, serão anunciados neste sábado (24).
Na foto acima, cena de ‘Tinta Bruta’ (Créditos: Divulgação)
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