Adoraríamos ter um projeto de Christopher Nolan, diz executivo da Netflix

GUILHERME GENESTRETI

Em cartaz com “Dunkirk”, o diretor inglês Christopher Nolan se juntou a Pedro Almodóvar no coro de cineastas críticos à Netflix.

Enquanto o espanhol gerou controvérsia ao dizer que não se imaginaria dando um prêmio (a Palma de Ouro, no caso) a um longa que não passaria nos cinemas, o britânico disse que jamais trabalharia com o serviço de streaming.

“Eles têm essa estratégia impensada de estrear filmes no cinema e sob demanda ao mesmo tempo, o que é um modelo de negócios impossível”, afirmou ao site IndieWire. “É tão sem sentido. Não consigo entender.”

Cena de ‘Dunkirk’, de Christopher Nolan, em cartaz no cinema (Créditos: Divulgação)

Na última terça (8), a Folha conversou com Todd Yellin, um dos altos executivos da Netflix, e abordou a polêmica com Nolan.

“Adoraria ver um projeto de Nolan por aqui”, disse o americano, que é o responsável pelo famoso algoritmo do serviço de streaming –a ferramenta que coleta dados dos assinantes e oferece sugestões de títulos com base neles.

Yellin, que se diz fã dos dois primeiros longas de Nolan –“Amnésia” (2000) e “Following” (1998)–, diz esperar que o cineasta britânico “faça as pazes” com a equipe de conteúdo.

“Temos um bom catálogo dele aqui na Netflix e tenho certeza que muitas pessoas no mundo conheceram o trabalho dele graças a ele.”