Matheus Nachtergaele vai voltar à direção em longa com índios
O ator Matheus Nachtergaele já tem um novo filme para marcar seu retorno à direção depois de “A Festa da Menina Morta” (2008). E será rodado no mesmo universo do longa anterior, a Amazônia.
Nachtergaele pretende usar como base para o projeto a peça “Woyzeck”, do dramaturgo alemão Georg Büchner, que o ator já protagonizou no teatro duas vezes.
Morto aos 23, o europeu deixou incompleto seu texto sobre um soldado raso que é manipulado por todos ao redor, incluindo seu superior e um médico que o usa para experimentos científicos.
No cinema, o ator-diretor quer trabalhar essa mesma trama, só que com índios. A produção será da Bananeira Filmes, que também produziu “A Festa da Menina Morta”.
“Não me sai da cabeça algo que vi na Amazônia: índios marchando como soldados. Tudo foi retirado deles e, ainda assim, eles têm que defender as fronteiras de um país que não é mais deles”, diz.
“Woyzeck” já foi levado aos cinemas pela dupla Werner Herzog-Klaus Kinski, em 1979.
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Imperador A cinebiografia de dom Pedro 1º que Cauã Reymond filmará no segundo semestre, com direção de Laís Bodanzky, será também uma minissérie em quatro partes. O ator, que produzirá o projeto, visitou locações em Portugal, como o Palácio de Queluz.
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Centenário 2 Chegou às livrarias “O Último Durão” (R$ 40), sobre Kirk Douglas, que completou cem anos. Traz resenhas de seus filmes e uma entrevista com o ator, feita pelo organizador da obra, o jornalista Mario Abbade.
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Mais de uma centena O cinema nacional fechou 2016 com o seu maior número de filmes lançados da história: 143.
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Centenário 3
Autor do roteiro de “2001: Uma Odisseia no Espaço”, o escritor inglês Arthur C. Clarke (1917-2008) será lembrado durante a Campus Party, encontro de tecnologia que ocorre até 5/2 em São Paulo.
“Ele ficaria desapontado, preocupado, com os contratempos que estamos enfrentando com os rumos da ciência e com a questão climática”, afirma Walda Roseman, presidente da Arthur C. Clarke Foundation, que dará uma palestra sobre o legado do escritor-inventor na quinta (2).
Roseman crê que as obras visionárias de Clarke poderiam irrigar filmes de ficção científica mais frequentemente.