Ministério da Cultura desiste de nome polêmico para Conselho do Cinema
O nome de Ricardo Castanheira, diretor-geral da Motion Picture Association para a América Latina, não consta mais entre os escolhidos para compor a nova formação do Conselho Superior de Cinema, colegiado do Ministério da Cultura que elabora políticas para o audiovisual.
A sua inclusão causou polêmica no meio, durante o Festival do Rio, porque Castanheira dirige a entidade que representa os seis grandes estúdios hollywoodianos. Segundo parte do setor, significaria ingerência estrangeira no cinema nacional.
Procurado, o MinC informou que ele não faz mais parte da lista, já encaminhada para análise da Casa Civil.
Ainda não há previsão de quando os nomes serão publicados no “Diário Oficial”, mas a coluna apurou que entre eles estão Márcio Fraccaroli, da distribuidora Paris Filmes, e Silvia Rabello, presidente do sindicato da indústria do audiovisual do Rio.
Entre os temas que deverão ser debatidos pelo conselho está um bem polêmico: tirar da Ancine a gestão do Fundo Setorial do Audiovisual, que banca a produção. O governo se posiciona favoravelmente. Boa parte do setor é contrária.
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Circense Já tem data de estreia o aguardado novo longa de Cacá Diegues, “O Grande Circo Místico”: 4 de maio. A distribuição será da H20 Films. O cineasta também tem planos de inscrevê-lo no Festival de Berlim.
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Intelectual “Prisioneiro da Liberdade”, cinebiografia sobre o abolicionista Luís Gama, foi contemplado com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual. Com orçamento de R$ 9 milhões, será dirigido por Jeferson De (“Bróder”).
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Teatral Outro projeto que também foi contemplado é “O Diretor”, de Heitor Dhalia, sobre o envolvimento entre um encenador e uma atriz durante uma montagem de “Hamlet”.
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