Filmes com todos os sotaques
Você pode ter saído da sessão de “Cidade de Deus” repetindo que seu nome agora é Zé Pequeno e ser da turma que só descobriu o que é pornochanchada zapeando o Canal Brasil tarde da noite. Ou pode ser de uma geração que frequentou cinemas de rua (e havia tantos!) e pôde ver Grande Otelo em tela grande.
Você pode ser mais Glauber Rocha. Ou preferir Rogério Sganzerla. Pode ser fã dos documentários de Eduardo Coutinho e não perder nenhum lançamento de Cláudio Assis. Ou então, sua praia pode ser mais as caretas de Leandro Hassum e as tiradas de Ingrid Guimarães.
Sem preconceitos, sem legenda: este blog não julga gostos cinematográficos, mas pede licença aos blockbusters hollywoodianos para jogar um pouco de luz sobre o cinema brasileiro.
É uma indústria que só em 2014 levou 19 milhões de espectadores para as salas e recebeu um aporte bilionário da Ancine (Agência Nacional de Cinema) para continuar rodando seus cerca de 120 filmes anuais. E que agora também está mais presente nos canais a cabo devido à Lei da TV Paga e que comparece em peso aos festivais internacionais.
Feito e tanto para um mercado que há meros 20 anos começou a sua retomada, depois de ter passado por uma estiagem de produção na primeira metade dos anos 90.
Como repórter da “Ilustrada”, caderno de cultura da Folha, pretendo usar este blog para mostrar bastidores e o que há de novo em filmes nacionais e política cultural para o setor, além de entrevistar atores, diretores, produtores e técnicos por trás do audiovisual verde e amarelo.
Brasileiro de todos os sotaques: da produção do gaúcho Jorge Furtado à do pernambucano Kleber Mendonça Filho, sem ignorar o novo momento do cinema paulista, que pode renovar seu fôlego com a recente criação da Spcine.
Leia, comente, critique, envie sugestões para guilherme.genestreti@grupofolha.com.br
Só não pede pra sair! Bem-vindo!